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Taurus cresce, aparece e se projeta para o futuro

Segundo afirmou o CFO da Taurus em live recente, "os resultados de 2021 serão ainda melhores que os de 2020".

 

21/03/2021

 

O dia 19 de março ficará marcado na história empresarial recente do País, pois foi nele que a Taurus Armas surpreendeu a maioria dos analistas e acionistas, divulgando os balanços do 4T20 e o de 2020 com números de causar espanto e inveja a qualquer boa empresa nacional ou internacional. Como afirmou uma analista: foi um verdadeiro "turnaround de livro".

 

Recordes na receita, lucro bruto, margem bruta, Ebitda e em sua margem; dívida equacionada e, principalmente, retorno ao Patrimônio Líquido Positivo após cinco anos, com antecipação de quase um ano frente ao previsto e sem precisar se desfazer da fábrica de capacetes e do terreno em Porto Alegre, são apenas alguns dos fatos que caracterizaram o balanço. 

 

Além disso, a empresa tem backorders (pedidos firmes em carteira) de 2,3 milhões de armas, significando cerca de 18 meses de produção já garantida. Com isso, a Taurus afirma que poderá aumentar em cerca de 30% (no mínimo) as vendas e o Ebitda em 2021. Segundo afirmou seu CFO em live recente, "os resultados de 2021 serão ainda melhores que os de 2020".

 

Para relembrar e consolidar tais números, segue um vídeo do canal BM&C News, divulgado no dia 19, onde o analista Alex André, da Sara Invest, apresenta e disseca os principais números, características e projeções da Taurus: 

 

 

 

Assuntos importantes off topic
Cabe ressaltar, porém, algumas informações off topic, ou seja, não presentes no balanço, que são relevantes para o futuro da empresa:

 

1. O mercado de carregadores - uma das peças fundamentais da arma - está extremamente aquecido, acompanhando o de armamento leve, e a margem de lucro por peça é muito grande. Para os EUA, só no 1T21 já foram vendidos mais carregadores que em todo o ano de 2020. A Taurus espera estar produzindo 7.000 carregadores/dia em abril e cerca de 10.000 por dia em junho, com um detalhe: os carregadores produzidos pela joint venture com a Joalmi tem qualidade superior aos utilizados anteriormente, incluindo os importados. A previsão é que a produção já se dê em São Leopoldo no final do ano, dentro do Projeto Estratégico Condomínio. 

 

2. O grande terreno de 26.000 m2 em área nobre de Porto Alegre está muito próximo de ser comercializado, havendo várias incorporadoras interessadas, haja vista o aquecimento do mercado da Capital gaúcha para imóveis de padrão médio/alto.

 

3. Os 12.412 fuzis T4 vendidos para as Filipinas e as 4.500 pistolas TH9 vendidas para Burkina Faso serão contabilizados no balanço do 2T21, inflando-o substancialmente em cerca de R$ 40 milhões, pelos cálculos desta Consultoria.

 

4. A estratégia de imposto diferido (mecanismo que permite pagar o imposto só quando o lucro é creditado) implementada pela empresa, mostrou-se de grande acerto e irá impactar positivamente a geração do caixa nos próximos balanços.

 

5. Tão logo a situação de pandemia permita, a empresa enviará à Índia uma grande equipe acompanhada de 10 unidades de cada um desses tipos de armas: Fuzil T4 em três versões, três tipos de pistola e um de submetralhadora (metralhadora de mão), para serem analisados pelas Forças Armadas indianas visando futuras aquisições. A Taurus, por meio de sua JV com a Jindal Defense, mudou o foco anterior, que era o de, no primeiro ano, só produzir armas para uso civil, passando agora a ênfase total para o mercado militar e de segurança. Com isso, as 30 mil armas previstas serão destinadas ao mercado dos EUA. Para começar, já estará participando de uma grande licitação de 93.985 fuzis CQB (uso em combate aproximado) aberta pelo Exército indiano, onde competirá com seus fuzis T4 5,56mm, após testes que serão feitos quando as armas chegarem na Índia. Como mais um ponto positivo, a pandemia impediu também que, por enquanto, outras empresas passassem a produzir no país, no âmbito do Programa Make in India.

 

6. Dentro das diretrizes iniciais que desde 2018 viabilizaram o "turnaround de livro", a empresa prossegue com sua estratégia de manter um controle rígido de custos e de redução de despesas, mesmo em momentos de excelentes resultados, como o atual. Este é um dos motivos que faz com que seus produtos tenham uma expressiva margem de lucro e possam ser oferecidos por um valor que nenhuma outra empresa internacional consegue igualar.

 

7. A revolucionário pistola microcompacta GX4, a ser lançada no início de maio (não mais em abril) simultaneamente no Brasil e nos EUA, será um "divisor de águas" para a empresa, passando a disputar um mercado estimado em 40% nos EUA e de quase 100% no Brasil, já que não há similar nacional e as importadas são absurdamente caras. Seu lançamento está previsto para ser feito dentro de uma grande ação de marketing, similar ao de um novo modelo de iPhone. É de lembrar que o lançamento da G3c em 2020 suscitou enormes filas nas calçadas e o estoque inicial se esgotou em poucas horas.

 

 

Atração de grandes investidores nacionais e internacionais
Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus Armas, afirmou ao jornal Valor Econômico que o Patrimônio Líquido negativo registrado desde 2015 era um obstáculo para que fundos de investimento adquirissem ações da Taurus, devido às restrições de seus estatutos sociais. “Nem os mais otimistas analistas apostavam na reversão desse patrimônio líquido ainda em 2020. Foi nossa maior conquista”.

 

O fato de voltar a ter Patrimônio Líquido positivo tem importantes e consequentes implicações que poderão fazer uma grande diferença para o futuro da companhia:

 

  • possibilidade de investimento em suas ações por grandes fundos e gestoras de capital nacionais e internacionais, até então impedidos de fazê-lo; 
  • acesso a financiamentos nacionais e internacionais em condições vantajosas; 
  • eventuais aquisições e/ou novas joint ventures estratégicas; 
  • pagamento de dividendos anuais aos acionistas (35% pelo Estatuto), após serem acertadas as dívidas de exercícios anteriores ainda pendentes;
  • e, por que não, listagem de seus títulos em uma bolsa de valores norte-americana.
 
Vale lembrar que, no dia 22 de janeiro, durante uma hora, o CFO e IRO da Taurus Armas, Sérgio Sgrillo, e o CEO da Taurus USA, Bert Vorhees, pela primeira vez na história, apresentaram a empresa a investidores institucionais americanos durante o webinar Lake Street Capital Markets Virtual Outdoor Day, capitaneado pelo Lake Street Capital, um conhecido Banco de Investimentos americano focado em companhias em crescimento.
 

O evento visou apresentar empresas de capital aberto do mercado de Outdoor (armas, munições e produtos para esportes ao ar livre). Entre as sete grandes empresas presentes, a Taurus foi a única sediada fora dos Estados Unidos a ser convidada.

 

No webinar, os dois dirigentes da Taurus detalharam a empresa aos investidores, incluindo as perspectivas para 2021 (crescimento, novos mercados e inovação), além de responder perguntas do moderador e de participantes, durante e na sequência da apresentação.

 

No entender desta Consultoria, a apresentação da empresa no evento - primeira grande vitrine da Taurus Armas perante o bilionário mercado de capitais americano e junto às grandes empresas do setor, consubstanciada agora pelos formidáveis resultados apresentados em seu último balanço, pela impressionante carteira de pedidos firmes que possui e, principalmente, pela reversão do Patrimônio Líquido para a condição de positivo em tempo recorde, pode ter representado um marco na história da empresa junto aos grandes investidores americanos.

 

Por outro lado, e por motivos semelhantes, a Taurus Armas também deverá passar a ser olhada com novos olhos pelos grandes investidores institucionais e privados nacionais, haja vista estes terem maior facilidade para acompanhar a empresa, inclusive pessoalmente.

 

Fonte: LRCA Defense Consulting 



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