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Após recordes, o que esperar da Taurus no segundo semestre?

Data: Por Ana Macedo Em 13/08/2021

Fabricante brasileira de armas viu lucro crescer 395% no segundo trimestre (Foto: Divulgação/Taurus)

O CEO da Taurus Armas (TASA4), Salesio Nuhs, não tem dúvida de que “o pé no acelerador só vai ser mais pesado” nos próximos trimestres, afirmando, em entrevista ao Mercado News, que a unidade nos Estados Unidos “ainda está” em ramp-up (aceleração) e que vem aí mais um aumento de produção no segundo semestre. De quebra, o executivo declarou que ocorreu um reajuste de preços no Brasil e nos EUA – e que isso ainda não foi contemplado no resultado divulgado dias atrás pela fabricante de armas brasileira.

“Podemos esperar no segundo semestre um aumento de 10% em dólar nos EUA, que foi realizado a partir da segunda semana de julho”, contou Nuhs. Segundo ele, o aumento do preço foi estratégico, após observar que o cliente norte-americano estava percebendo “mais valor agregado na marca Taurus”. Detalhe: a empresa possui neste momento nos EUA mais de 2 milhões de backorders (pedidos).

A primeira metade de 2021 foi novamente de recordes para a empresa. Foram marcas históricas tanto em vendas de armas – mais de 1 milhão – quanto em termos de produção, que chegou a 588 mil unidades no segundo trimestre, levando ao total de 1,1 milhão de armas fabricadas nos primeiros 6 meses do ano – uma expansão de 64,9% na comparação anual.

Assim, a Taurus teve um aumento em seu lucro líquido de 395% no segundo trimestre ante igual período de 2020, chegando a R$ 194 milhões e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 106% maior, somando R$ 224 milhões. Com isso, o indicador de endividamento de dívida líquida sobre Ebitda caiu 50% no acumulado do ano para 0,7 vez, ou seja, em menos de um ano a empresa tem hoje condições de pagar toda sua dívida.

Matéria-prima

“A companhia está em seus melhores momentos”, o CEO afirmou. De acordo com ele, no Brasil , a Taurus irá ganhar com agilidade, qualidade e custo com a inauguração de seu condomínio em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, a partir de setembro, que irá trazer para o complexo industrial da companhia os seus principais fornecedores.

Além disso, segundo o executivo, a Taurus possui um risco garantido do abastecimento de matéria-prima. Contando com 3 meses de estoque estratégico e 6 meses de pedidos firmes. Traduzindo, a empresa não tem como sofrer com a falta de insumos tão cedo: “Eu vislumbro para o futuro da Taurus coisas extremamente positivas”.

Controlador

A respeito da reação do mercado aos números da Taurus, o CEO Global da empresa aproveitou para comentar o rumor de mercado em relação à movimentação do grupo controlador da empresa, a Tauruspar Participações. De acordo com Nuhs, o controlador se comprometeu em realizar todos os seus bônus de subscrição até o fim desse mês e não irá vender ações até o fim do ano.

“Houve um burburinho no mercado com relação ao controlador. Para botar uma pedra nesse burburinho, o controlador decidiu tomar essa decisão para dar uma estabilidade maior para nossos acionistas minoritários”, disse o CEO Global da Taurus. “O mercado vai estar livre para os investidores, sem a interferência do controlador na compra e venda de ações. Ele vai subscrever todos os bônus, e isso significa que ele acredita na companhia.”

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Publicado em >Ações e Empresas



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